Lendas Dos Encantados
Nessa página será apresentada as lendas de todos os encantados presentes na nossa equipe.
Boitatá
A lenda do Boitatá descreve esse personagem folclórico como uma grande serpente de fogo. Ele protege os animais e as matas das pessoas que lhe fazem mal e, principalmente, que realizam queimadas nas florestas.
Na narrativa folclórica, essa serpente pode se transformar num tronco em chamas, com o intuito de enganar e queimar os invasores e destruidores das matas. Acredita-se que a pessoa que olhar o Boitatá torna-se cega e louca.
Peixe-Boi
Dizem os índios que o peixe-boi surgiu em um lindo lugar na Amazônia, numa aldeia às margens do rio Solimões.
Nessa aldeia, havia uma jovem que era admirada por todos pela sua grande beleza e simpatia. Desde criança seu jeito gracioso e doce chamava atenção.
O tempo foi passando, ela foi crescendo em tamanho e graça, sempre sendo amada e querida por todos. Até que se tornou uma jovem esbelta, inteligente e charmosa.
Agora ela já estava na idade de escolher um rapaz para se casar. E isso despertou a cobiça de um velho pajé, que desejava se casar com a bela jovem.
Esse desejo do velho pajé contrariava os costumes da tribo, pois só era permitido aos homens terem uma só mulher, e ele já era casado.
O velho pajé estava cego de paixão, e só pensava em conquistar a jovem índia a qualquer preço. Ele tentava usar seus poderes mágicos para enfeitiçá-la. Assim, preparava poções e amuletos para atrair atenção da garota. (...)
Muiraquitã
A lenda do Muiraquitã é considerada um verdadeiro amuleto da sorte, que consiste num sapinho feito de pedra ou argila, geralmente é de cor verde, pois era confeccionado em jade.
Os indígenas contam a seguinte lenda: que estes batráquios, eram confeccionados pelas índias que habitavam as margens do rio Amazonas. As belas índias nas noites de luar em que clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro.
Conta a lenda que, até nos dias de hoje, muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã traz felicidade, sendo considerado um amuleto de sorte para quem o possui.
Fonte: https://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/muiraquita/
Guaraná
Tudo aconteceu quando um casal de índios que não tinha filhos pediu ao deus Tupã que tornasse possível o seu desejo de serem pais.
O pedido foi atendido e o casal teve um menino bonito e saudável, que era estimado em toda a tribo, e se chamava Cauê. Tupã também gostava muito do menino, por isso, deu a ele o grande dom de conversar com os animais e com as plantas.
Invejoso de suas qualidades, Jurupari, o deus da escuridão, resolveu matar o indiozinho.
Um dia, enquanto o menino colhia frutos na floresta, Jurupari se transformou em serpente.
Tupã mandou trovões ensurdecedores alertando os pais do perigo que o menino corria, mas não houve tempo até que a serpente matasse o menino com o seu veneno.
Assim, Tupã mandou plantar os olhos da criança para que deles nascesse uma planta. O fruto dessa planta deveria ser dado para as pessoas comerem com o objetivo de lhes dar energia.
No local onde os olhos foram plantados nasceu o guaraná, frutinha que apresenta o aspecto de olhos.
Matinta Pereira
Matinta Pereira é uma bruxa velha que assombra as casas das redondezas durante à noite, momento em que ela se torna um pássaro, o “Rasga Mortalha”. Assim, o pássaro pousa nos telhados ou nos muros das casas, emitindo um assobio alto e estridente para os moradores darem conta de sua presença.
Matinta costuma aparecer durante a noite ou a madrugada, perturbando o sono das pessoas. Nesse momento, um dos moradores da casa dizem em voz alta que oferecerá para ela o tabaco desejado.
Depois de proferida a frase, o pássaro voa dali e vai até outras casas fazer o mesmo. Note que em alguns lugares, as pessoas oferecem outras coisas como comida, bebidas, presentes, etc.
No dia seguinte, com o aspecto de bruxa velha, Matinta vai às casas e recebe o que lhe foi prometido na noite anterior. Se não lhe for entregue, ela amaldiçoa todos os moradores da casa, com doenças ou mesmo com mortes.
Boto Cor-De-Rosa
Reza a lenda que o boto-cor-de-rosa, animal inteligente e semelhante ao golfinho que vive nas águas amazônicas, se transforma num jovem belo e elegante nas noites de lua cheia.
Normalmente ele aparece nas festividades de junho, nas comemorações dos Santos Populares (Santo Antônio, São João e São Pedro), as chamadas Festas Juninas.
Vem vestido de branco e com um grande chapéu a fim de esconder o buraquinho que ele tem no alto da cabeça para respirar e para esconder o nariz pontudo, que se mantêm após a sua transformação.
Iara
Iara era uma corajosa guerreira dona de uma beleza invejável. Por esse motivo, os irmãos sentiam inveja dela e resolvem matá-la.
Todavia, no momento do combate, pelo fato de possuir habilidades guerreiras, Iara consegue inverter a situação e acaba matando seus irmãos.
Diante disso, com muito medo da punição de seu pai, o pajé da tribo, Iara resolve fugir, mas seu pai consegue encontrá-la.
Como castigo pela morte dos irmãos, ele resolve lançá-la ao rio.
Os peixes do rio resolvem salvar a bela jovem transformando-a na sereia Iara. Desde então, Iara habita os rios amazônicos conquistando homens e depois levando-os ao fundo do rio, os quais morrem afogados.
Caipora
Caipora é uma índia anã, com cabelos vermelhos e orelhas pontiagudas. Existem versões em que seu corpo é todo vermelho e noutras, verde.
Ela vive nua nas florestas e tem o poder de dominar e ressuscitar os animais. Seu intuito principal é defender o ecossistema e, portanto, faz armadilhas e confunde os caçadores.
Mediante diversos ruídos, ela distrai os caçadores oferecendo pistas falsas até que eles se perdem na floresta.
Além disso, ela tem o poder de controlar os animais e, por isso, os espanta quando sente que algo de mal pode acontecer.
Mapinguari
O Mapinguari é uma Lenda derivada de algumas Lendas dos Índios da Região Amazônica.
Os caboclos contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré.
Segundo esta Lenda, alguns índios ao atingirem uma idade mais avançada evoluiriam e transformariam-se em Mapinguari e passariam a habitar o interior das florestas passando a viver apenas no seu interior e sozinhos. Há também quem diga que seus pés têm o formato de uma mão de pilão.
Fonte:https://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/mapinguari/